Cartas do Gabriel - Edição Nº1

Cartas do Gabriel - Edição Nº1

Por Gabriel Pereira • Edição Nº1 • Ver na web

Primeira Carta do Gabriel vem ácida:

  • Previsões para o Soft Opening do Open Banking

  • Open Banking x Open Banking Regulado

  • Curtinhas!

O Open Banking começa essa semana!

Reza a lenda que, no dia 13/08/2021, teremos finalmente o debute da versão oficial do Open Banking Finance no Brasil.

Apesar do lado positivo da agenda de inovação tupiniquim, é preciso ponderar os riscos e o impacto para os clientes que utilizarão as novas experiências desenvolvidas.

Nesta próxima sexta-feira, os clientes selecionados para o lançamento progressivo (Soft Opening) da fase 2 do Open Banking poderão compartilhar seus dados entre instituições.

Devido a altíssima complexidade de uma implementação desta natureza em todo o mercado, foi convencionado um lançamento progressivo que contará com 4 ondas.

Essas ondas terão duração total de 10 semanas e aumentarão gradativamente o escopo de dados compartilhado pelos usuários e a quantidade de pessoas habilitadas para utilização.

As instituições participantes terão um limite de requisições de dados que deverão autorizar. Ou seja, quando uma instituição atingir o limite previsto de confirmações (dados cedidos para outra instituição) para aquela onda da implementação, ela deverá negar e informar o cliente.

Fail Fast! Learn Faster!

Prevejo muitos erros.

A ambição regulatória é elevadíssima (e correta!) mas os prazos e as publicações/alterações das especificações adicionaram complexidade no desenvolvimento das jornadas mínimas necessárias para o funcionamento do Open Banking. (Ou Open Finance? Até isso ficou confuso para quem trabalha no dia a dia com o tema…)

O primeiro mês do Soft Opening me parece que será um grande teste em produção. Diversas instituições correndo para entregar os prazos, se dividindo em diversas frentes regulatórias, correndo para não deixar a fase 3 (Iniciação de Pagamentos) para trás e nem suas iniciativas estratégias.

Não por isso a limitação de confirmações será de 0.01% de clientes da base de cada instituição. Acho ótimo.

Ainda acho importante levar estes outros pontos em consideração:

  • Um cliente poderá ser escolhido para o Soft Opening na instituição A e não na instituição B. Conseguindo tentar a operação de um lado e não de outro, ficando confuso.

  • Cliente poderá passar pelo processo inteiro de autenticação e depois descobrir que a outra instituição atingiu o limite previsto de dados.

  • Clientes poderão ter um grande esforço para compartilhar seus dados e no final foram apenas os dados cadastrais (escopo reduzido nas primeiras ondas).

  • Diferença de necessidade de poderes entre instituições poderá dificultar os consentimentos no mundo das pessoas jurídicas.

  • A primeira fase que era infinitamente mais simples, teve mais erro do que era previsto. Números saindo super diferentes, interpretações divergentes da informação que precisava ficar disponível…

  • Não vou ficar passando por todos para não me acharem pessimista. Talvez um pouco só.

Qual a saída?

  • Comunicar bem e de forma transparente com os clientes.

  • Mais do que pedir os dados, precisamos ensinar a população o que está acontecendo.

  • Time de atendimento precisará conhecer bem do processo para entender onde os possíveis erros acontecerão para ajudar o cliente de ponta a ponta.

  • Quanto mais educação/informação, menor a chance de fraudes (e imagino que terão muitos aproveitadores).

  • Ter muito cuidado com as fases do Open Banking que andarão em paralelo. Iniciação de Pagamentos terá uma complexidade ainda maior.

Quem precisa de regulação?

Enquanto as regras do Open Banking se estabelecem formalmente no mercado, diversos players vêm operando o Conceito de Open Banking não é de hoje.

Entenda a diferença do conceito de mercado e da regulação.

Entenda a diferença entre o open banking (enquanto movimento de mercado) e o Open Banking (como regulamentação)!

fintech #openbanking #openfinance…

A partir dele observamos as movimentações do GuiaBolso, CrediGo / Klavi, Belvo, Pluggy entre outras que já atuam diretamente com este conceito.

A discussão de APIs regulatórias (Open Banking) vs Screenscraping já é forte na Europa e deve chegar no Brasil em breve.

A deep dive into data aggregation and screen scraping, with a focus on regulatory challenges, common standards for data sharing and the transition to APIs.

Open Banking has truly revolutionised the world of banking. This new wave of financial services products is underpinned by data aggregation and the categorisation of transactions, which until recently were primarily driven by a technique called screen scraping. But what is screen scraping, and how does this affect me?

Curtinhas:

  • Hora certa de participar: Diversas fintechs ainda não se posicionaram oficialmente para participarem do Open Banking. Isso quer dizer que elas nunca irão entrar? Não. Mas entendo que estão vendo o que vai acontecer para entrar na melhor hora. Certíssimos!

  • Trago seu limite e ainda aumento 30%! Reza a lenda que as políticas de crédito serão mais agressivas no mercado. Será?

  • Juntar todas as informações em um único lugar: Eu quero! Só não sei se com você. Agregar será commoditie. Como você faz isso? Como melhora o meu dia?

  • Enquanto a gente corre pra entregar a fase 2 e 3… o mercado está agitado demais pra 4! O mundo de investimentos já está em ritmo acelerado do Open Banking (não regulado né hehe)

  • Iniciação de Pagamentos vem aí! Será que vai pegar no gosto do povo? O Pix é tão fácil de usar… e meu cartão de crédito já está salvo nos sites. E aí? Em breve uma carta só sobre isso!

Frase da semana:

"O obstáculo no caminho é o caminho. Jamais esqueça: dentro de cada obstáculo existe uma oportunidade para melhorar a sua condição."

Obrigado por chegar até aqui nesta primeira edição!

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Ótima semana pra você!

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Curadoria cuidadosa de Gabriel Pereira via Revue.

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